Wednesday, April 04, 2007

Ricardo De Deus - Fragmentos

Fonte: cvmultimerdia.blogspot.com

Dia 03 de Novembre e data markod pa lançament pa públiko i amigos de primer traboi a solo de Ricardo De Deus "Fragmentos".

Kompost pa 14 temas, 12 des de se autoria, Fragmentos e exatament espelhe de diferents influencias adkirid i assimilod durant se vivência. Fragments de kada um des influências na diferent formas i fusão, ta konstituí temas dess traboi.

Pa koncepção dess CD, Ricardo kontá k participação de txeu musikos amigos, de Cabo Verde i Brasil. De Cabo Verde, teve participação des musikos: ARKORA [Raul (cajon & bateria), Kiso (baixo akústiko & fretless) i Angelo (kavakim)], Ney di Belinha (violão de 12 korda), Duka (violao), Pery (percussão), Stephane Peruchet (percussão afro) i Martin Schaffer (violino); El kontá ainda k vozes de Tété Alhinho num interpretação sui generis, dum excelent koro infantil, interpretod pa Mara, Edna, Susi, Morabi, Nadia i Leda.

Na Brasil el ba b'ska sons de Jailton Soares (violão), Everton David (bateria), Nelter Correia (guitarra), Carlinhos do Acordeon, Vagnao (flauta), Marcelo Bakana (pandeiro), Gerson Moraes (violão), Renato Almeida (bateria), Anselmo Ubiratan(contra-baixo), Paulo Henrique (bandolim), Dinho O Sague (voz), Marcelo Cardoso (viola) i Henrique Amado (flauta).Lançament de CD e na Tabanka Mar, 22:00! Na ess koncert de apresentação el tita ba ser akompanhod pa Angelo, Ney, Raul, Kiso, Duka, Djinho, Gamal, Stephane i Tété.

CD ta ba estod a disposição de tud kem k kiser adkiril, a partir de dia 3, em troka de 1.500 akordes :), na Livraria da Biblioteca Nacional (Palácio da Cultura Ildo Lobo), na loja de souvenirs de Tabanka Mar i na ots lugar k dpos no ta bem a sabe.Entretant, hoje, dia 26 de Outubro, Centro Cultural Portugues na Praia, tita promove um apresentação dess traboi, pa patrocinadores, musikos participantes i imprensa.

Ricardo…graças a Deus!

Fonte: Albatrozberdiano.blogspot.com


Não é só o nome que santifica: Ricardo de Deus. É a música também que, mesmo ousando pelo profano, como todo o suíngue aliás, está aqui eivada de sagrado. O álbum Fragmentos foi feito com engenho e arte, corolário de muito bom-gosto e muita técnica, desde a composição à produção, passando naturalmente pela interpretação.

Ricardo de Deus, mercê das suas aparições e das suas aulas de piano, conseguiu já um panteão sonhado por todos e uma serenidade conseguida apenas por alguns. Ele vem a Fragmentos, seu primeiro álbum, com a maturidade de repertório e a mão tão precisa quão concisa na escolha dos músicos, tanto cabo-verdianos como brasileiros e outros.

A notariedade de Ricardo de Deus não se traduz em significante, mas sim na profunda e radical simplicidade, apanágio dos iluminados.

Brasileiro, de São Paulo, mas ora serenado nas ilhas de Cabo Verde desde 1999, Ricardo de Deus pegou já o significado da alma crioula, no jeito como nos apresenta a maior parte das 14 faixas que perfilam neste álbum.

Diga-se que o Artista assina todas as composições, à excepção de “Lundu” de Arnaldo Rebello, facto inusitado entre a gente que o tinha apenas por exímio pianista. Fragmentos é genuína música cabo-verdiana, mas não engessada a nada. Nem mesmo à toada que se ouve pelas esquinas. É música boa, nova e glamourosa…de Deus, realmente.

“A cor desse mar que me inspira”


Fonte Asemana Online:
02/04/2005

Quem é Ricardo, dito de Deus? Um nome que se ouve várias vezes, associado a projectos musicais de artistas cabo-verdianos. Pantera, Teté Alhinho ou Tcheka são alguns dos músicos nacionais que este pianista brasileiro acompanhou ao piano, emprestando à música cabo-verdiana um toque da grande terra do outro lado do oceano. Na altura em que procura apoios para um disco a solo, o músico revela-se a asemanaonline. Senhoras e senhores, este é Ricardo de Deus.

Como surgiu a música como opção?
Comecei a despertar para a música com um vizinho meu que tocava guitarra e tinha um teclado pequeno, daqueles que dão um som horrível. Costumavamos juntar, ele à guitarra, e eu com esse teclado. Com o tempo fui-me interessando cada vez mais por este instrumento e um dia, com o fundo de pensão de uma fábrica de chinelos em que tinha trabalhado, comprei um teclado melhor. A partir desse momento comecei a dedicar-me a cem por cento ao piano, e acabei por inscrever-me numa escola de música de Suzano, a cidade onde vivia, no Estado de S. Paulo.

Foi aí que começou a levar a música mais a sério?
Penso que sim. Na altura, como frequentava o ensino nocturno, chegava a estudar piano entre 6 e 8 horas por dia. Num ano estudei tudo o que a escola tinha para me oferecer. Foi então que me surgiu a oportunidade de ensinar nessa escola, em substituição de um professor que teve que sair. Fiquei receoso, porque afinal de contas não sabia ainda grande coisa, mas como era o aluno mais avançado da escola, acabei por aceitar. Tinha cerca de 15 anos, e esse foi um dos episódios que me impulsionou a seguir neste mundo. Depois de uma passagem por uma escola de outra cidade e pela Universidade de Cruzeiro do Sul, acabei por ir parar à Universidade Livre de Música Tom Jobim, onde aprendi piano popular, e à Fundação das Artes, que dava formação em piano clássico. Frequentei estas duas escolas em simultâneo.

Porquê o piano?
Talvez porque este seja o instrumento mais completo, o que oferece mais possibilidades na sua interpretação. Por exemplo, posso imitar um baixo com o piano, ao mesmo tempo que faço a melodia, ou posso ainda explorar uma infinidade de dedilhados.

É também uma relação física?
Sim, tocar piano tem também esse lado físico. É uma relação com o som, com aquela vibração que sai do piano e entra pelo corpo. Quando toco os graves sinto-me mais preenchido, por exemplo. As sonoridades, os harpejos, as escalas causam sensações cá dentro. Por vezes, quando toco sozinho, o som causa-me emoções de tal forma fortes e intensas que me arrepio totalmente, ou começam-me a cair as lágrimas involuntariamente. Mas no fundo a evolução é a palavra-chave destas sensações, é o que
faz com que a música evolua de forma diferente dentro de mim. É o que faz com que eu componha, que impulsiona a criatividade.

Como conjuga, então, técnica e emoção?
Tem vezes em que me sento ao piano e a música começa a fluir sem preocupações de regras, como se já a conhecesse previamente. Mas tem casos em que a música demora meses a ser feita, como se fosse um projecto de arquitectura. A arte está em juntar esses dois lados e perceber que opções, que caminhos temos pela frente. Há sempre dois lados. E afinal, só se pode quebrar as regras depois de as ter aprendido.

Desçamos agora a um plano mais terreno. Conte-nos como chegou a Cabo Verde.
O meu primeiro contacto com Cabo Verde deu-se em 1998, quando participei no Festival da Gambôa com o Corá Olfa, um grupo baiano de S. Paulo a que pertencia e que tocava samba-reggae e olodum. Foi a partir daí que começou a minha ligação com as ilhas. Nessa altura conheci a que acabou por se tornar a minha esposa, vim depois algumas vezes para cá por causa dela, acabando por fixar-me definitivamente na Praia, em 1999.

A nível musical, que afinidades encontrou entre este país e o Brasil?
Desde o primeiro momento em que ouvi pela primeira vez a música cabo-verdiana, na Gambôa, senti logo uma ligação cultural entre estes dois lados do oceano. Havia certos elementos musicais que reconhecia, que me eram familiares. Alguns assemelham-se ao chorinho, com os mesmos bordões, os mesmos tons graves e dedilhados, as acentuações dos baixos, utilizando tónicas e quintas, parecido com o samba. O próprio funaná assemelha-se à música do Nordeste brasileiro, que tem também o som do acordeão, mas que em vez do ferrinho usa um triângulo.

Quando surgiram as propostas de participação em projectos, aqui em Cabo Verde?
Algumas semanas depois de cá chegar comecei a dar aulas na escola de música Pentagrama, um ponto de passagem de muitos músicos de cá. Foi assim que fui conhecendo as pessoas. A minha primeira experiência a nível musical, neste país, foi com o grupo Arkora, na área da música de Cabo-Verde, jazz e música brasileira. Depois comecei um outro projecto com o Pantera, o Ângelo, o Raul e Kisó, que me mostraram muita da música que se faz cá, em especial a mais tradicional. Mais tarde, envolvi-me em actuações com o Tcheka, Bius, Teté Alhinho, ao mesmo tempo que ia apresentando o meu trabalho a solo. O Centro Cultural Português tem sido impecável comigo, por exemplo, no que se refere ao apoio moral e à oportunidade que me dá para apresentar o meu trabalho. Mais ou menos todos os anos faço lá um concerto.

Sendo estrangeiro, como conseguiu alcançar o sentir cabo-verdiano a nível musical, ao ponto de ser convidado para integrar os projectos de grandes nomes da música nacional actual?
Foi muito natural. Como músico tenho uma sensibilidade que me permite fazer com que o instrumento que toco se adapte a outras expressões artísticas. O piano da morna, por exemplo, é muito específico, mas embora saiba que nunca o irei conseguir tocar exactamente, pelo menos posso aproximar-me dessa sonoridade. No fundo é uma questão de sensibilidade artística.

Tem em forja o seu primeiro disco a solo. Como idealiza esse trabalho?
Será uma mistura de músicas brasileira e cabo-verdiana. A maioria dos temas é instrumental, mas há dois com letras. O disco reflecte, de certa forma, a minha visão sobre Cabo Verde. A partir do momento em que os temas foram feitos aqui, eles assumem essa atmosfera de mar que modela as pessoas e as vidas destas ilhas. O piano-solo transmite realmente essa tranquilidade, paz, vontade de viver e de força que Cabo Verde me dá.

A música instrumental caracteriza-se pela criação de imagens, através de sons. Qual é o cenário do teu disco?
(pausa) Penso que é a cor azul. A cor desse mar que me inspira, essa tranquilidade que as músicas que componho passam, e que dá a possibilidade de cada pessoa que as ouça, ser transportada para o lugar onde desejo estar. Este é um disco para ouvir, sentar, ouvir, reflectir sobre o dia, soltar esse lado mais emocional. Por outro lado, e isto não ser pretensioso, penso que este álbum pode ter também um lado pedagógico, fruto do meu trabalho feito no ensino da música. Aqui há poucos solistas de piano, e por isso este disco poderá ser uma referência para aqueles que estudam e gostam de piano. Que eu tenha conhecimento, este será o único trabalho musical deste género a existir em Cabo Verde.

Mas para concretizar o projecto é preciso apoios. Como está esse processo de recolha de patrocínios?
Tratando-se de música instrumental, e não comercial, esses apoios estão a ser difíceis de encontrar. Tenho recebido algumas respostas de instituições, mas ainda não é suficiente para levar o trabalho até ao fim. Pretendo, por exemplo, contar com a presença de alguns músicos cabo-verdianos, meus amigos, mas isso tudo vai depender dos apoios que consiga encontrar. Há que esperar pela sensibilidade dos patrocinadores.

Monday, November 21, 2005

Apresentação


Originaire de São Paulo, Ricardo de Deus s’initie au piano au travers de cours particuliers, avant de commencer un cursus d’études musicales de 1993 à 1999 à la Casa da Cultura d’Itaim Paulista, puis à l’Université Cruzeiro do Sul (São Miguel Paulista), à la Fondation des Arts de São Caetano do Sul et à l’Université Libre de Musique Tom Jobim (São Paulo).
En 1999, il quitte le Brésil pour s’installer au Cap-Vert.
Membre du groupe Arkora, il a l’occasion d’accompagner Orlando Pantera.
Il partage aujourd’hui son temps entre la composition, l’enseignement (à l’École de Musique Pentagrama et au Lycée Conego Jacinto de Praia) et les tournées nationales internationales des musiciens capverdiens qu’il l’ont choisi comme accompagnateur privilégié.

Fonte: http://ccfpraia.com

Sunday, April 04, 2004

Concerto!